O botulismo é uma doença causada pela toxina Clostridium botulinum. A intoxicação em bovinos, normalmente, é causada pelos tipos C e D.
A ingestão da toxina pode ocorrer através do consumo de alimentos contaminados, tais como água, feno, milho e silagem, ou mesmo por osteofagia (ingestão de ossos).
A doença é caracterizada, principalmente, por paralisia da musculatura esquelética. Deste modo, os principais sintomas são prostração e dificuldade para se manter em pé – daí ser conhecida no Brasil como “doença da vaca caída” –, com a consciência mantida.
A gangrena gasosa é uma infecção exógena que causa necrose de tecidos moles em consequência da proliferação de bactérias do gênero Clostridium, quando há lesões traumáticas nestes tecidos (PACHECO 1954). A doença também é chamada de Edema Maligno e tem ampla distribuição mundial (LOBATO & ASSIS 2005). Alguns autores preferem distinguir entre as duas denominações, conforme suas apresentações morfológicas: Edema Maligno como forma de celulite (inflamação do tecido celular subcutâneo com edema) e Gangrena Gasosa para casos de miosite com formação de bolhas gasosas no músculo.
Carbúnculo sintomático, também chamado mangueira ou mal-de-ano, é uma infecção endógena, não contagiosa e altamente fatal, causada por C. chauvoei, que afeta bovinos, ovinos e caprinos (ASSIS et al., 2005; LOBATO et al., 2005). O micro-organismo é encontrado no ambiente (solo, poeira, água e parte da flora bacteriana) e tem a capacidade de esporular e produzir, assim como os demais clostrídios, mais toxinas proteicas do que qualquer outro gênero bacteriano (GREGORY et al., 2006). Na forma de esporo, pode manter-se potencialmente infectante no solo por longos períodos.
O carbúnculo sintomático afeta bovinos de seis meses a três anos de idade, em geral, em bom estado nutricional. O micro-organismo é carreado via circulação sanguínea para o tecido muscular, onde se multiplica, se as condições forem favoráveis (ASSIS et al., 2005; GREGORY et al., 2006). Nos bovinos, a patologia ainda é incerta. Entretanto, conforme a hipótese mais aceita, a infecção é de origem endógena, associada à ingestão de esporos presentes em pastos contaminados (ASSIS et al., 2005). Uma vez no intestino, são veiculados por macrófagos até a musculatura esquelética, onde permanecem em latência. Traumas nas grandes massas musculares criam um ambiente de baixo potencial de óxido-redução e atmosfera de anaerobiose, desencadeando a germinação dos esporos e a consequente produção de toxinas.
Enterotoxemia é o nome dado à enfermidade provocada por toxinas produzidas pelo C. perfringens, micro-organismo comensal do trato intestinal dos ruminantes (CARTER 1995), veiculadas pelo sangue até local de ação. As diversas toxinas produzidas são o que determina a classificação do C. perfringens em tipo A, B, C, D ou E. Os tipos de C. perfringens são diferenciados de acordo com a produção de toxinas. A toxina épsilon, responsável pela manifestação da enfermidade, é produzida em maior quantidade pelo C. perfringens tipo D (NIILO et al., 1974). Essa toxina é ativada em contato com enzimas proteolíticas, tripsina e pepsina, no intestino delgado, adquirindo um caráter necrosante e altamente letal (CARTER 1995).
Bovinos, ovinos, caprinos, equinos e o homem são susceptíveis aos efeitos das toxinas produzidas por Clostridium perfringens (COLODEL et al., 2003; UZAL et al., 2004; LOBATO et al., 2006). A enterotoxemia é uma doença de animais jovens e alguns fatores que resultam em alterações do ambiente intestinal predispõem sua ocorrência, como a administração de elevados níveis de carboidratos, proteínas e pastagens luxuriantes (COLODEL et al., 2003). Essas condições, em conjunto com alterações da flora ruminal e passagem de alimentos não digeridos para o intestino delgado, propiciam um meio favorável para a multiplicação do clostrídio e a consequente produção de toxina (LOBATO et al., 2006).
Outro tipo de enterotoxemia, a doença do rim polposo é causada pela toxina da bactéria Clostridium perfringens tipo D em ovinos, caprinos e bovinos. Acomete especialmente animais com idade de três dias a seis meses. A bactéria habita normalmente os intestinos dos animais e multiplica-se de forma exacerbada devido a desequilíbrios da microbiota intestinal ocasionados por superalimentação, níveis elevados de carboidratos ou dietas ricas em proteínas. Os sintomas são abatimento, perda de apetite, convulsões espasmódicas e diarreia verde, com evolução de 2 a 36 horas.
Ocorre em ruminantes que não apresentavam sinais clínicos de doenças prévias e são encontrados mortos de um momento para outro. Pode ser causada por Clostridium sordellii, Clostridium novyi, Clostridium perfringens tipo D e Clostridium chauvoei.
Doença infecciosa e não contagiosa, causada pelo bacilo Clostridium tetani, que penetra em feridas e tem alta letalidade (LOBATO et al., 2007). O agente é comumente encontrado em solos contaminados por fezes de animais (TORTORA et al., 2000) e a patogenia da doença envolve a penetração de esporos de C. tetani (LOBATO & ASSIS 2005; LOBATO et al., 2007) em feridas, com consequente multiplicação e produção de uma potente neurotoxina (LOBATO et al., 2007). Para a manifestação clínica do tétano é necessário ferimento ou solução de continuidade que possibilite a introdução da bactéria em ambiente anaeróbio (RAPOSO 2007).
A vacina pode ser usada a partir dos 2 meses de idade, com segunda dose depois de um intervalo de quatro semanas e uma terceira dose aos 6 meses de idade.
Bovilis Poli-Star T deve ser conservada entre 2°C e 8°C, ao abrigo da luz solar, e não pode ser congelada. Sua venda é feita sob prescrição do médico-veterinário, que também é o profissional indicado para fornecer as orientações a respeito da aplicação.
O prazo de validade sempre deve ser verificado antes do uso. Após a perfuração da rolha do frasco, todo o conteúdo deve ser utilizado imediatamente – eventuais sobras devem ser descartadas. O produto deve ser mantido fora do alcance de crianças e de animais domésticos.
Há mais de um século, a MSD – empresa biofarmacêutica líder global – tem promovido a inovação para a melhoria da vida das pessoas, apresentando medicamentos e vacinas para muitas das doenças mais desafiadoras do mundo.
A MSD Saúde Animal, uma divisão da Merck & Co., Inc., é a unidade global de negócios de saúde animal da MSD. No ano de 2018, adquiriu a Vallée, que agora faz parte do portfólio de marcas da empresa. Por meio do seu compromisso com a Ciência para Animais mais Saudáveis®, a MSD Saúde Animal oferece a médicos-veterinários, pecuaristas, donos de pets e governos uma grande variedade de produtos farmacêuticos veterinários, vacinas, soluções e serviços de gerenciamento de saúde, além de um conjunto de produtos voltados à identificação, à rastreabilidade e ao monitoramento digital. A MSD Saúde Animal é dedicada a preservar e melhorar a saúde, o bem-estar e o desempenho dos animais e das pessoas. Investe amplamente em recursos de P&D e em uma cadeia de suprimentos moderna e global.
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